Outro discurso covarde de Bolsonaro

Autor: STIEESP

21 de dezembro de 2022

A trajetória política do presidente derrotado nas eleições é marcada pelo despreparo: quantas propostas dele você conhece? Quais foram aprovadas? O povo foi beneficiado? A trajetória política de Jair Bolsonaro é marcada pela falta de identidade – afinal, ele já passou por diversos partidos e não foi fiel a nenhum deles. Ele nunca questionou o resultado das urnas quando venceu as eleições para a Câmara de Deputados.

 Os discursos de Bolsonaro sempre foram recheados de mensagens de ódio e preconceitos, sempre direcionados para seus seguidores e nunca para toda a nação brasileira. Os discursos do Bolsonaro sempre foram recheados de mentiras, seja na ONU, nas lives, em Brasília etc.

 Bolsonaro não hesita em entregar seus aliados, para livrar o seu próprio pescoço e proteger os seus filhos de serem punidos por seus crimes e mentiras, afinal de contas, o fruto não cai longe da árvore. Foi assim com o Bebiano, com o Mandetta, com a Joyce, com o Frota, com o Moro (desavergonhadamente reconciliado), e, mais recentemente, ele tem criticado o ex-deputado do fuzil e das granadas, Roberto Jefferson, assim como a cambaleante deputada armada, Carla Zambelli. 

 Agora, a bola da vez são os baderneiros políticos, que obstruíram várias estradas. Baderna, sim: pois não se trata de uma greve, não existe reivindicação econômica nenhuma; chega a ser leviano falar em liberdade, em democracia e não aceitar a derrota das urnas.

 Porque alguns despreparados membros da Polícia Rodoviária Federal foram rápidos e duros com o Genivaldo, que foi morto dentro de uma viatura por não usar o capacete? Nas motociatas de Bolsonaro, muitos não usaram capacete e nada foi feito.

 Porque o pobre toma enquadro duro, enquanto o Ministro da Justiça, a mando de Bolsonaro, sai de Brasília para acompanhar a prisão do amigo do presidente, o Bob Jefferson, o “homem” do fuzil e das granadas?

 No dia primeiro de novembro, Bolsonaro manifestou-se pela primeira vez, após a vitória de Lula nas eleições presidenciais. Mais uma vez, o derrotado foi mentiroso e covarde.

 Mentiroso, pois mais uma vez falou que joga dentro das quatro linhas da Constituição Federal… Um presidente que segue a Constituição não prevarica e nem se omite em preservar o direito de ir e vir da população. No Mato Grosso do Sul, um empresário morreu ao bater seu carro na traseira de um caminhão, que, com os faróis apagados, estava bloqueando a estrada. Bolsonaro sempre disse que era o chefe do Exército, instituiu a omissão e desvirtuou a ação da PRF. Quem critica esta forma de agir são membros que representam os policiais.

 O seu discurso é covarde, pois ele sempre estimulou o uso de armas. Dizia que o povo armado jamais seria escravizado, liberou armas etc. Quando seus seguidores cumpriram à risca as suas orientações de não aceitar os resultados das urnas, no caso uma parcela de caminhoneiros radicais que não sabem perder, no discurso (?), ele simplesmente abandonou seus apoiadores, dizendo que os métodos da direita não podem ser iguais aos da esquerda.

 Conforme mensagens trocadas antes e durante os bloqueios, a ação era premeditada – talvez, a primeira ação de um pretensioso golpe, que não ocorreu. Infelizmente, deputados apoiam ações radicais que não contaram com a participação ou o apoio das lideranças dos caminhoneiros. Será que a lei vai ser aplicada com a mesma energia usada para matar o Genivaldo?

 Desabastecimento em mercados menores de algumas regiões, produtos perecíveis vão ser perdidos, o agronegócio vai ter prejuízo, vai faltar gasolina, óleo diesel, gás de cozinha, oxigênio para hospitais e remédios nas gôndolas das farmácias. Onde está a elite econômica que apoiou o liberalismo radical de Paulo Guedes e Bolsonaro?

Outro discurso covarde de Bolsonaro, direcionado para manter seus seguidores, que não são poucos, mobilizados e sem raciocinar, mas também um discurso burro, pois, ao afirmar que a sua votação é fruto de indignação, de um sentimento de injustiça e de rejeição à esquerda, ele mesmo demonstra que jamais teve um plano de governo.

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