É para levantar o moral da tropa?

Autor: STIEESP

9 de maio de 2022

Alguns brasileiros sempre tiveram carinho e admiração enorme pelas Forças Armadas… Afinal, são homens e mulheres que estão dispostos a dar a própria vida pela nossa segurança e pela soberania da nossa nação. Acontece que as Forças Armadas também têm, em suas fileiras, algumas pessoas que não deveriam envergar a honrada farda do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Infelizmente, essas instituições também não estão livres das más condutas e dos deslizes éticos e morais de uma parte de seus membros, mas o problema fica muito grave quando essas pessoas passam a ocupar cargos de comando.

No atual governo, os militares ocupam mais de seis mil cargos. Invasão como essa não ocorreu nem no tempo da ditadura, e, trocadilhos a parte, é preocupante que o país que ainda luta para consolidar valores, princípios, estruturas e condutas democráticas, fique exposto ao risco de uma guinada de 180 graus, e caminhe em ordem unida de volta aos tempos de privação das liberdades individuais e coletivas.

Não vamos tratar de reavivar os erros cometidos por altas patentes militares que se lançaram de corpo e alma em uma batalha genocida e antidemocrática, sob o comando de um capitão reformado que foi expulso do Exército por se insurgir contra a hierarquia e os valores da caserna.

Não bastasse que a moral das Forças Armadas tivesse sido duramente atingida pelos mísseis da incompetência do governo federal, o respeito do povo pelas Forças Armadas está ferido de morte, pelos disparos gananciosos de comandantes que esqueceram seus juramentos e passaram a servir ao dinheiro e ao poder, em vez de servir à Pátria e ao Povo.

Como justificar para a população, que as Forças Armadas compraram 35.320 comprimidos de sildefanila, nome genérico do Viagra, sob a justificativa de que trata-se de medicamento usado para combater a hipertensão arterial pulmonar (HAP), quando uma médica da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia declara que as dosagens de 25mg e 50mg dos comprimidos adquiridos não são recomendadas para o tratamento da HAP?

Quando não falta remédio e comida, o preço é muito alto, o que deixa o povo para baixo… Será que os oito contratos firmados em 2020, e ainda em vigor, disponíveis no Portal da Transparência, têm como objetivo levantar o moral da tropa?

Em tempo, não se esqueçam do escândalo das compras de bebidas e picanha feitas pelo Exército, além das compras gourmet feitas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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