Povo a(r)mado jamais será escravizado!

Será que, realmente, o homem foi criado a semelhança de um Deus? Ou este mesmo homem é escravo de uma necessidade egoísta de ser mais que seu semelhante, e isto o leva a, infamemente, se comparar a uma divindade maior?

Desde que controlada e sem causar prejuízo a terceiros, a ambição é um fator motivacional para que os indivíduos busquem melhorar suas habilidades individuais, seu nível educacional, seu padrão de vida, e, enfim, melhorar como ser humano.

Quando esta ambição corrompe a ética e a moral, distorce conceitos e regras de convivência social e torna-se uma obsessão por poder, dinheiro ou capacidade de subjugar o próximo, é sinal de que estamos diante de algum tipo de distúrbio mental, ou de um desvio de caráter.

No campo da política, existem dois tipos de candidatos: aqueles que pretendem fazer algo de positivo para o povo e para o país, e aqueles que, movidos pela ambição negativa, somente buscam o poder e o enriquecimento fácil. Um sistema político corrompido leva a uma distorção do processo e dos objetivos da ação legislativa, surgindo, assim, a legislação em causa própria e o descaso com o povo e com o país.

Uma arma não traz liberdade

A trajetória da humanidade mostra inúmeros líderes guerreiros, reis, imperadores, estadistas, presidentes e ditadores, que não hesitaram em combinar o poder bélico, o poder econômico e o conhecimento para subjugar seus adversários, invadir territórios e países – tudo isso, motivado pela ganância e pela sede de poder.

Incontáveis recursos materiais, financeiros e humanos foram investidos em armas, exércitos e guerras, que causaram – e ainda causam – a morte de milhões de pessoas ao redor do mundo, ao longo da sua história. Toda esta riqueza poderia ter sido empregada em melhoras na saúde, na educação, no combate ao desemprego, à fome e à miséria.

Neste redemoinho de problemas decorrentes da desigualdade e da exclusão, provocado por um sistema capitalista selvagem que ataca, diretamente, o viver coletivo, e ainda sublima o individualismo egoísta, surge o oportunismo reacionário e preconceituoso, materializado por defensores do extremismo de direita, que é assentado na violência, em todas as suas dimensões, como forma de impor seus dogmas e vontades. Há que se condenar todo tipo de radicalismo, seja no campo político, religioso ou economicista.

Incentivar a população a se armar é uma atitude extremamente irresponsável por parte do presidente da República, que prioriza inflamar seus desavisados, insensíveis e erráticos seguidores, em vez de cumprir com suas responsabilidades públicas e republicanas, de conduzir o país de forma democrática e ainda trabalhar em prol de todos os brasileiros.

É de uma falsidade indescritível associar a liberdade ao uso de uma arma de fogo, pois é claro que, quem a usa, tem por objetivo mais do que defender-se, na ambição de poder subjugar o próximo. Países nos quais as populações compram muitas armas convivem com recorrentes ataques (vide os EUA, onde, infelizmente, os massacres não são incomuns).

A falsa sensação de liberdade por portar uma arma, torna-nos reféns de uma paranoia, além de deixar-nos vulneráveis aos roubos destas armas, empurrando-nos na direção da barbárie de se praticar a justiça pelas próprias mãos.

Sim ao feijão e não ao fuzil!

Que bom seria se o presidente da República tivesse um mínimo de apreço pela vida do seu povo e apontasse o fuzil da solidariedade, carregado com balas democráticas (perdoem-me por associar armas e Democracia), de competência e de igualdade social, e disparasse contra a fome, a miséria, o desemprego e o preconceito.

Aqueles que são contrários a uma população armada não são idiotas. Eles simplesmente são a favor do convívio pacífico de todos, independentemente de suas convicções. 

Aqueles que são contrários a uma população armada não são idiotas. Eles simplesmente acreditam que as pessoas possuem outras prioridades – como comer, morar, trabalhar, estudar, ter saúde etc.

Aqueles que são contrários a uma população armada não são idiotas. Eles simplesmente entendem que é mais livre um povo amado do que um povo armado.

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