O burro mentiroso, a cobra torturadora e a Leitão jornalista

Calma, muita calma nessa hora! Não se trata de um texto de violência contra os animais, que merecem nosso respeito e nossos cuidados, muito menos de um conhecido jogo de apostas ou de uma aula de zootecnia.

Na realidade, trata-se de falar sobre a degradação ética e moral de alguns seres que se dizem humanos, mas demonstram que, até mesmo um animal que age por impulsos do seu instinto, é capaz de demonstrar mais carinho e apreço pela vida de seus semelhantes e das pessoas com as quais convive.

Na sacola da barbárie humana e do retrocesso civilizatório que atinge o Brasil, podemos acrescentar, sem sombra de dúvida, a baixíssima qualidade da política praticada em nosso país.

É possível listar algumas causas para esse estágio degradante da vida pública nacional: a persistente demora do Poder Judiciário, em tratar com o rigor e a agilidade necessária os processos que implicam os donos do poder em Terra Brasilis; essa certeza da impunidade funciona como um estimulante para aqueles que ingressam na política, apenas para se enriquecer desviando os recursos públicos; temos, também, uma vergonhosa cumplicidade dos grandes meios de comunicação, que noticiam os fatos de acordo com seus interesses econômicos; some-se a isso, o sentimento enojado que grande parte da população tem em relação à política, além da falta de transparência dos Poderes Executivo e Legislativo, quando se trata de repartir o orçamento público.

Essa combinação de fatores atrai cada vez mais aventureiros políticos, despreparados em termos de gestão pública, que, como piratas, saqueiam os cofres públicos, e, malandramente, fazem falsos discursos para agradar e desviar a opinião pública: são verdadeiros lobos em pele de cordeiro.

O maior crime que um político pode cometer é atentar contra a Democracia, atacando outro ser humano, de forma covarde, violenta e desumana. Independentemente da divergência de opiniões e de princípios ideológicos, o respeito e a civilidade devem ser praticados e valorizados em qualquer debate.

Um dito popular fala que o fruto não cai longe da árvore, seja ele um bom ou mau fruto. O filhote 03 do capitão presidente não negou o DNA de sua família desprovida de moral, ética, sentimentos humanitários e de um mínimo grau de inteligência, que se apropriou de terras e espaços políticos em nosso Brasil.

Reafirmando toda a sua limitada capacidade intelectual de conhecer e entender um pouco da história da sua “pátria amada”, o insipiente e beligerante deputado abusou, mais uma vez, da sua vocação de mentir, para atacar o posicionamento de uma jornalista. Além de burrice e de mentiras, esta sua recente manifestação escatológica nas redes sociais também vem carregada de preconceitos, machismo e violência – sentimentos ou instintos merecedores de uma junta médica, que avalie a sanidade mental do referido político (?), pois, no tocante à ética, à moral e à prática da tão defendida (?) liberdade de expressão, sabemos que se trata de um caso perdido.

A jornalista atacada pelo filhote 03 é Miriam Leitão (cabe lembrar que, o veículo no qual trabalha, não merece muita credibilidade, em função do seu comportamento nada ético e transparente na defesa da Democracia, se posicionando somente em busca de poder e verbas). Feita essa ressalva, é preciso repudiar qualquer agressão mentirosa à história de vida desta profissional.

Inventar que ela era adepta da violência armada, que participou de assaltos e que era uma perigosa terrorista, é demonstração da baixeza de caráter do deputado federal, que se comporta como uma cobra, que ataca sorrateiramente, lembrando que a jornalista Miriam Leitão foi torturada, espancada e mantida presa em uma sala escura, na companhia de uma jiboia. Mais rastejante do que uma cobra é a conduta desse político, que sim, é uma cobra a serviço da tortura.

Precisamos participar cada vez mais das discussões que envolvem o nosso Brasil, para eliminar comportamentos animalescos da vida pública do país. Por isso, leitor, confira a história e a integridade moral dos candidatos, antes de decidir seu voto.

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