Falta de qualidade na rede de distribuição de energia pautou sessão na Alesp na terça-feira (04)
Ontem (04), o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, debatendo o contrato de concessão da Enel na distribuição de energia elétrica. Durante a sessão, a entidade destacou a importância dos trabalhadores participarem das discussões do assunto, lembrando, também, que a energia não deve ser tratada como mercadoria.
Nomeada “Qualidade do serviço de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo”, a audiência pública contou com a participação do diretor Flávio André, que expôs a força dos Eletricitários neste debate. “É muito importante ouvir o trabalhador, porque a gente sabe onde estão os defeitos na rede. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a cada 420 metros da rede aérea, há um defeito, e 90% deles são críticos. Bateu um vento, apagou a luz”, afirmou o diretor, baseado no relatório elaborado pela entidade.
Na audiência pública, o Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, também anunciou a multa aplicada à Enel, que supera R$ 13 milhões, além de tecer várias críticas à distribuidora. O posicionamento do Sindicato, no entanto, é que a discussão não deveria permear a noção de consumo, uma vez que a eletricidade é um insumo essencial. “Quem tem dever de fiscalizar é o poder público, pois a energia é um serviço público, que não deveria ser mercadoria”, declarou o diretor Flávio André.
Por fim, o Sindicato explicou aos deputados que os Eletricitários têm muito a contribuir com as melhorias na concessão de energia elétrica. “O trabalhador sabe onde estão os defeitos e ele quer participar da discussão. A gente pede para a população, para os parlamentares e para o governo: ouçam os trabalhadores! Vocês vão se surpreender com tudo o que eles sabem sobre a rede elétrica”, concluiu o diretor da entidade.