O desfile fora de época marcou a volta do carnaval dos Eletricitários, interrompido por dois anos, após pandemia
Centenas de pessoas participaram do cortejo do Bloco do Faísca, realizado na última sexta-feira (06), nas ruas da Liberdade. O desfile fora de época marcou a volta do carnaval dos Eletricitários, interrompido por dois anos, após o início da pandemia. Ao som da Bateria Batucada de Nego Véio – Velha Guarda de Bamba, os trabalhadores caíram na folia e ocuparam o bairro oriental de São Paulo, evidenciando a resistência da festa popular.
O Bloco do Faísca fez sua festa pela quinta vez e não baixou a guarda para a Prefeitura de São Paulo, que desaprovou a realização dos desfiles na cidade. A decisão foi amadurecida pelo Sindicato, ao observar a queda expressiva dos casos e mortes por COVID-19, além da liberação de diversos eventos particulares em que há grande aglomeração de pessoas, como jogos de futebol, festivais de música e festas privadas.
“O carnaval sempre será uma festa popular, um espaço de cultura, luta e resistência dos trabalhadores!”,
Eduardo Annunciato, o Chicão, presidente do Sindicato dos Eletricitários
Durante todo o trajeto, os foliões reverenciaram a corte do Bloco do Faísca, formada pela Rainha Jennifer e pelas Princesas Rhawane e Lezir. Além de prestigiar as nobres destaques do carnaval, os Eletricitários também saudaram os passistas Ruhanan e João Vitor, que celebraram o desfile com muita simpatia e samba no pé.
Na praça da Liberdade, onde o Bloco do Faísca fez sua parada, o presidente do Sindicato, Chicão, rendeu suas homenagens à antiga sambista Madrinha Eunice, fundadora da Lavapés, uma das primeiras escolas de samba de São Paulo. No início de abril, uma escultura foi instalada no local, em tributo ao seu legado. “O carnaval sempre será uma festa popular, um espaço de cultura, luta e resistência dos trabalhadores!”, declarou Chicão.
