O episódio de violência reflete as atitudes truculentas e hostis do presidente da República, que incita a intolerância e o ódio, investindo contra a democracia, a ordem e o desenvolvimento do país
O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo rechaça o assassinato de Marcelo Arruda, dirigente do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu, guarda municipal e militante do Partido dos Trabalhadores. O crime bárbaro foi cometido por um policial apoiador do presidente Jair Bolsonaro, que invadiu a festa de aniversário do guarda, proferiu discurso de ódio para os presentes e efetuou dois disparos de arma de fogo contra a vítima.
O episódio de violência reflete as atitudes truculentas e hostis do presidente da República, que incita a intolerância e o ódio, investindo contra a democracia, a ordem e o desenvolvimento do país. Cabe lembrar que, durante sua campanha, em 2018, Bolsonaro bradou “vamos fuzilar a petralhada”, e que, hoje (11), quando indagado sobre o assassinato de Marcelo Arruda, questionou: “o que eu tenho a ver?”.
Em nota, o Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu declarou que Marcelo Arruda era um lutador incansável. “Para ele, não tinha tempo ruim. Sempre disposto e aguerrido nas lutas pelos direitos dos trabalhadores. Fica uma lacuna de um grande homem na luta sindical”, publicou o sindicato paranaense em sua página no Facebook.
O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo presta sua solidariedade ao Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu, à família e aos amigos de Marcelo, além de condenar o discurso da grande mídia e de alguns políticos, que vêm associando a barbárie à polarização ideológica em ano eleitoral. Invadir a festa de outra pessoa, atirar e matar são atitudes criminosas, certamente estimuladas pelo viés de extrema-direita do governo federal. Enquanto o crime lança mão de recursos violentos, a política busca o diálogo, a riqueza da diversidade e a coerência na sociedade.