*Por Gabriel Felix
O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), uma agenda de protestos nas bases da EMAE, contra o plano de privatização da empresa, a terceirização dos serviços e outras práticas. A data coincide com a greve dos trabalhadores do Metrô, da CPTM e da SABESP, que também se articulam contra a privatização.
Insatisfeitos com as medidas adotadas pelo atual governo do Estado, os trabalhadores protestaram por mais de duas horas na usina Piratininga, localizada na zona sul de São Paulo, e na usina Henry Borden, em Cubatão (SP). Os atos foram liderados pela diretoria do Sindicato.
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) aparece na lista dos alvos da privatização planejada pelo governador de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Para além dos impactos socioeconômicos e da desvalorização dos trabalhadores, a venda da empresa acarretaria sérios prejuízos na soberania dos recursos hídricos e elétricos de São Paulo, construídos com o dinheiro da própria população.
Assim como a energia, a água e o transporte público são serviços essenciais, que, devido à sua relevância estratégica, jamais deveriam deixar de ser controlados pelo Estado. Vale lembrar que, no início do mês, a população de São Paulo ficou refém da empresa privada Enel, que demorou dias para restabelecer a energia em várias localidades, devido ao quadro reduzido de funcionários e à falta de investimentos na rede elétrica.