Eletricitários protestam contra a privatização da SABESP

Nesta terça-feira (14), o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo participou do ato contra a privatização da SABESP, organizado pelos trabalhadores do setor de água e saneamento, em frente à Bolsa de Valores de São Paulo. O protesto foi deflagrado com o apoio da FENATEMA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente), de diversas entidades sindicais e de parlamentares comprometidos com os trabalhadores.

Durante a manifestação, o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, que também preside a FENATEMA, apresentou o raciocínio perverso por trás da privatização da água. “Para encher uma caixa d’água de 500 L, a SABESP cobra quarenta centavos. Para comprar uma garrafinha de água, não se paga menos do que um real, mais que o dobro do preço de uma caixa d’água cheia”, alertou. “A privatização só faz aumentar o custo para a população e derrubar a qualidade do serviço”, concluiu.

As lideranças presentes no ato enfatizaram que o governador do Estado, o bolsonarista carioca Tarcísio de Freitas, lança mão do obscurantismo político para vislumbrar a privatização de diversos outros serviços públicos essenciais à população, como o Metrô, a CPTM e até a EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). “Tarcísio mal esquentou a cadeira e já fez um aceno para o mercado, dizendo estar pronto para negociatas. Ele está disposto a vender a SABESP e a EMAE e veio para destruir o patrimônio construído pelo povo ao longo do tempo”, afirmou Chicão, que também publicou carta aberta à população em apoio à luta contra a privatização da água.

Ao longo do protesto, foram abordados os diversos impactos que serão causados com a possível privatização da SABESP. Aumento da conta de água, queda na qualidade dos serviços, demissões em massa, terceirização irrestrita, crise ambiental, crise sanitária e o aumento das disparidades sociais são alguns dos problemas que foram trazidos à tona na manifestação.

O plano de privatização do governador de São Paulo, no entanto, rompe com o projeto político do presidente Lula, que defende o controle estatal das empresas públicas e a gestão democrática do patrimônio brasileiro.  

Leia a Carta Aberta à População publicada pela Fenatema:

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