A trajetória do Papa Francisco foi marcada pela defesa das iniciativas que têm por objetivo diminuir as desigualdades sociais ao redor do mundo e o fim da perseguição, exclusão e discriminação das minorias; sem dúvida foi uma voz e um exemplo de que a humanidade precisa retomar o caminho do respeito ao próximo e da defesa dos Direitos Humanos.
Para que possamos efetivamente combater as criminosas desigualdades precisamos identificar as suas origens e construir um consenso social que permita que todos os segmentos da sociedade se engajem nesta cruzada na luta contra a discriminação às “periferias” geográficas, da falta de escolas gratuitas e de qualidade, do trabalho precário e do desemprego.
É necessário denunciar quem lucra com a miséria: os grandes empresários, banqueiros, latifundiários e políticos que atuam a serviço dessa elite. São eles os verdadeiros responsáveis pela fome, pelo desemprego, pela falta de moradia e de educação pública de qualidade.
Uma abordagem que pode nos dar uma pista para começar a entender porque existem desigualdades é a de pensarmos de forma mais crítica e racional sobre os efeitos negativos que o endeusamento da moeda provoca nas estruturas sociais e nas relações entre indivíduos e entre instituições.
Ao longo da evolução da humanidade é inegável que a moeda tem lugar de destaque por facilitar as relações comerciais importantes para a vida das pessoas, das indústrias e das economias nacionais. O problema é que o homem começou a colocar preço, que nem sempre corresponde ao valor justo do bem ou do serviço, em todos os bens tangíveis e não tangíveis.
Qual a importância de uma pessoa honesta para a vida em sociedade? Infelizmente a honestidade, assim como a solidariedade e outros valores essenciais para uma evolução da raça humana, perderam espaço para a ostentação, para as fortunas, para o consumismo exagerado, para a mentira e para a corrupção.
Não por acaso a Justiça brasileira, que tem defeitos graves, vem sendo atacada pelos aventureiros simpatizantes do fascismo, que ilusoriamente se acham seres superiores que podem ditar regras, impor uma ideia dominante, manipular os cidadãos através de mentiras diariamente repetidas e ataque sórdidos contra aqueles que discordam do seu modo autoritário e mesquinho de olhar seus semelhantes.
Essa elite econômica — herdeira direta das Capitanias Hereditárias e dos Senhores de Engenho — continua controlando as riquezas produzidas pela classe trabalhadora. Suas práticas de exploração seguem firmes no agronegócio, nas grandes corporações e no sistema financeiro. Nada mudou: exploram muitos para enriquecer poucos.
A atuação das bancadas do agro, da bala e da fé no Congresso é apenas a expressão política do poder econômico. Não defendem o povo, nem a Constituição. Defendem seus lucros e privilégios. Foi assim com a resistência à isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. É assim com a sabotagem à taxação de grandes fortunas e dividendos.
Por isso, é urgente fortalecer os sindicatos como instrumentos de luta, de politização e de mobilização da classe trabalhadora. O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo defende o fim da cobrança de Imposto de Renda sobre a PLR — uma bandeira justa, que pode unificar e levantar a classe em todo o país. Chega de o trabalhador pagar a conta enquanto o patrão acumula lucros.
Uma grande parte da sociedade não gosta de falar de política e não se sente representada por ela. Este comportamento de desilusão e impotência, devidamente estimulado pela mídia reacionária a serviço da referida elite, é um campo fértil para o florescimento de falsos mitos e eleição de pseudopolíticos que se dizem nacionalistas, mas flertam com o fascismo e adoram outros países.
Falar de política é necessário. Falar de economia é essencial. Votar com consciência é urgente. Só com organização, luta e unidade da classe trabalhadora é que poderemos romper com as estruturas da desigualdade e construir um futuro com justiça social.
O Papa Francisco viverá, onde houver uma luta por dignidade e respeito humano, pelo fim da exploração do homem pelo homem, pois somos todos irmãos na busca da equidade.
Eduardo Annunciato – Chicão
Presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA
Diretor de Educação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI)
Vice-presidente da Força Sindical
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