salário mínimo

A DIREITA HIPÓCRITA E O CORTE DE GASTOS

Nas últimas semanas temos presenciado um aumento da quantidade e da intensidade dos ataques às propostas do governo Lula para colocar a economia nacional nos trilhos. Diferentemente dos governos entreguistas do patrimônio público e praticantes da concentração de renda, o atual governo é criticado pele elite econômica e política por se preocupar com os mais pobres.

Aqueles que criticam o governo por causa da política de ganho real do Salário Mínimo são os mesmos que lucram bilhões com o pagamento da dívida pública, que é corrigida pela taxa SELIC. Daí o motivo de ela ser uma das mais altas do mundo. São os mesmos que não falaram nada do orçamento secreto do governo Bolsonaro, não se revoltam com políticos que vivem em função das emendas parlamentares, sem transparência e controle.

O endividamento do governo, em função dos seus gastos, não é um privilégio do Brasil, a quase totalidade dos países têm uma grande parcela do seu Produto Interno Bruto comprometida, este “endividamento” não significa que a economia esteja fora do controle e nem que esta dívida seja quitada de uma vez só, é preciso analisar o perfil da dívida (quanto dela vence no ano em curso e quanto o país vai arrecadar).

É óbvio que quanto antes a dívida for quitada melhor para o país, pois o governo terá mais recursos para investir no desenvolvimento da economia e também não será o brigado a cortar gastos sociais. Mas quais são os reais motivos para a direita hipócrita defender o corte de gastos por parte do governo?

Todo e qualquer governo, de esquerda ou não, tem a obrigação de bem administrar o orçamento público e dar-lhe a devida transparência. Esta fiscalização dos gastos públicos é uma das principais atribuições do Poder legislativo; infelizmente é este mesmo Poder que elabora as leis em nosso País, leis que em sua maioria favorece a elite ao não tributar as grandes fortunas, as grandes heranças, os dividendos pagos aos acionistas das empresas, ao permitir o envio de bilhões para paraísos fiscais, mas, desconta o Imposto de Renda dos assalariados de forma injusta, pois tem pobre que paga a mesma taxa que muitos ricos. A Justiça Social deve cobrar mais de quem pode pagar mais e não o inverso.

O povo se importa mais com o quanto ganha por mês, em pagar suas contas e, se der, ter algum tipo de lazer do que com a política. Este é um grande equívoco, pois, é justamente o que acontece na política que acaba determinando qual a política econômica será adotada e, se ela promoverá uma distribuição de riqueza mais justa e a eliminação das desigualdades sociais.

Pela primeira vez um governo brasileiro divulgou a lista das empresas que recebem os maiores benefícios fiscais, benefícios estes que estão na casa dos 546 bilhões de reais; para se ter uma ideia entre as cinco maiores beneficiadas estão 3 empresas de alimentação, a Rede Globo e o Metrô de São Paulo, também aparecem empresas de logística, de engenharia, de teleatendimento e de atenção ao cliente entre as dez maiores empresas recebedoras dos citados benefícios.

Para termos uma ideia do total de 546 bilhões, 18% (quase 100 bilhões) são direcionados para empresas do agronegócio, será que o agro sustenta o Brasil ou o país sustenta o Agro, seja através do consumo, das exportações ou dos benefícios fiscais? O Agro é importante, mas, não é a última bolacha do pacote.

A pergunta que não quer calar é porque os políticos que se dizem patriotas não divulgam e muito menos se posicionam a favor da revisão de certos benefícios fiscais? A resposta é que eles são parte da irresponsável elite do País. Elite esta que se indigna com o aumento do Salário Mínimo, com o fim da jornada 6X1, mas fecha os olhos ao combate da corrupção.

A oposição atual vota contra todas as iniciativas do governo, mesmo que elas sejam benéficas para o País e para o povo. Como a economia pode estar mal se o PIB cresce acima do previsto, se o desemprego é o menor da história, se a pobreza tem diminuído e a fila do osso não existe mais?

A direita hipócrita cobra uma redução de 50 bilhões nos gastos públicos, mas, porque será que ela não propõe uma redução de 10% nos benefícios fiscais, que representa mais do que ela quer de redução?

A triste verdade é que o pobre sempre acaba pagando o pato, os jatinhos, as mansões, as fazendas, os carrões, as joias, enquanto que os ricos protestam contra o Salário Mínimo e os gastos sociais.

Eduardo Annunciato – Chicão
Presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA
Diretor de Educação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI)

Vice-presidente da Força Sindical

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