Não resta dúvida de que a humanidade está em constante mudança e evolução. O termo mudança é usado para chamar a atenção do leitor, já que nem toda mudança é para melhor.
No campo da evolução, podemos citar avanços na medicina, na educação, na saúde, na tecnologia etc. Entretanto, algumas mudanças não são positivas, como a discriminação racial, a negação da realidade e da liberdade da população LGBTQIA+, as alterações nas leis trabalhistas e na Constituição, entre outras.
A história contemporânea também mostra mudanças que, ao invés de melhorar a vida das pessoas, levam-nas a um retrocesso que não pode ser confundido com o conservadorismo. São mudanças que têm por objetivo deixar as coisas como estão. Quem tem poder, quer continuar com ele; quem é rico, quer ficar ainda mais rico.
O movimento que se diz conservador, defensor da família tradicional e da liberdade, nada mais é do que a busca da eternização da cultura de uma sociedade patriarcal, que coloca a mulher em condição inferior a do homem – no campo da intelectualidade, do vigor físico, do acesso a direitos e liberdades, dentre outras aberrações, que não devem ser mais aceitas nos dias de hoje. Igualdade ampla, geral e irrestrita, acima de tudo e de todos!
Parece piada, mas não é
O que falar de uma mulher que ocupa o ministério responsável por políticas públicas para mulheres, para a família e para os direitos humanos, que afirma, estupidamente, que um dos principais motivos da gravidez precoce é o fato de as meninas acessarem o TikTok?
A falta de educação sexual, a ausência de campanhas preventivas e esclarecedoras, a impunidade para os estupradores e assediadores, o pouco acesso a escolas e oportunidades de emprego, o incentivo ao consumismo e o endeusamento do materialismo, não são considerados pela ministra em questão. A referida frase de que o TikTok levaria à gravidez precoce, demonstra que o despreparo, o descaso e a limitação intelectual daquela que viu Jesus na goiabeira estão a serviço de um governo de mente ultrapassada e preconceituosa.
Uma mulher jamais pode concordar que, nos dias de hoje, machistas ainda ocupem espaço na mídia, a fim de demonstrar o seu comportamento misógino (sentimento de aversão pelo feminismo que se traduz em falas e atitudes machistas, que se baseiam na superioridade masculina). Lugar de mulher não é na cozinha, é onde ela quiser, fazendo o que quiser!
Outra aparição desastrosa de um membro da cúpula do atual governo, foi o discurso do deputado federal por São Paulo (apesar de não morar no estado) Eduardo Bolsonaro. O famoso “bananinha”, filho zero três do capitão presidente, primeiro afirmou que o surgimento da cratera em uma obra do metrô na cidade de São Paulo ocorreu devido à participação feminina no canteiro. Depois, o deputado soltou outra piada sem graça, de mau gosto e preconceituosa, que reflete os “valores” da família presidencial.
Reforçando seu machismo virtual e sua ignorância, esse arremedo de hombridade também exortou para que os homens deixem de ser frouxos, pois isso só alimenta o feminismo. Será que é isso que um pai pode oferecer para sua filha?
É a tragédia reacionária, fantasiada de conservadora e neoliberal, que contribui, diretamente, para o aumento do feminicídio, para a limitação da liberdade da mulher, e para a educação alienadora, o grande motivo do retrocesso da nossa sociedade. Fome, violência, desemprego, agressão ambiental, injustiças, impunidade e mortes resultam da ação de mentes doentes e de pessoas sem caráter, ocupando cargos públicos.
Nesse governo, o Brasil é o país dos pês. Pária ambiental, nação do Populismo oportunista, país dos Pastores, Prevaricador, Petulante, Presunçoso etc. E isso não é Piada, é Perigoso.
