Jair Bond 0,0007 dá licença para matar

São tantas as trapalhadas e as bolas foras que o atual desgoverno poderia ser uma comédia… Entretanto, o filme a que assistimos é de terror, com uma grande dose de desprezo pela vida e de muito mau-caratismo.

O ator canastrão (peço desculpas a toda a classe artística), capitão Pinóquio ou capitão cloroquina (fique a vontade para escolher), ensaia mais um bestseller. Agora, ele age como se fosse um agente secreto, assim como James Bond, só que ao contrário.

O agente nada secreto tupiniquim, Jair Bond 0,0007, ao contrário do personagem do escritor Ian Fleming, é covarde demais para matar; ele dá licença para outros matarem em seu lugar e em seu nome. Outra diferença gritante é que a besta de Brasília não luta pela Justiça e nem defende os mais fracos, pois ele não está do lado do bem. Ele é a própria encarnação da maldade, apesar de falar em Deus.

Não é secreto, pois todos sabemos que ele é declaradamente um servo do deus mercado e que o Paulo Guedes é seu apóstolo. Ele não é secreto, pois ataca a democracia descaradamente, assim como os direitos dos trabalhadores, a educação, a saúde, dentre outros alvos. Não é secreto porque, apesar da grande mídia tentar esconder, as digitais deste ser humano vil estão por toda parte: nas rachadinhas, no desmonte do ministério do trabalho e da CLT, na degradação da Amazônia, no ataque às instituições democráticas, nas mortes por COVID-19, na interferência na PF, no comércio de bíblias, e, agora, na morte de quem defendia os povos indígenas.

Bruno Pereira e Dom Phillips, um brasileiro e um britânico, que, ao valorizarem a vida e a cultura indígena, além de defenderem a preservação da Floresta Amazônica, também contrariavam os interesses de garimpeiros ilegais, de madeireiros ilegais e de muitos barões ilegais do agronegócio. Pagaram com suas próprias vidas, mas somarão suas forças a muitos outros espíritos, que estarão eternamente nas florestas e em nossas memórias.

O Jair Bond 0,0007 deu licença para muitos dos seus adoradores matarem – seja através da impunidade dos amigos e serviçais estabelecida após ataques à Justiça e suas instituições, seja através da liberação de armas, ou, ainda, do discurso do ódio e da banalização da violência. São inúmeras as práticas ditatoriais e insanas deste trágico personagem da política brasileira, que, apesar de não ter disparado um único tiro em menos de quatro anos, já matou muito mais gente do que o verdadeiro James Bond em seus filmes.

Dia 02/10/2022.

THE END.

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