E a Família “Bozonaro” continua a mentir sobre a Petrobras…

As pernas curtas da mentira, ficaram ainda menores com o crescimento das redes sociais. Além disso, na política, hoje é mais fácil provar que o passado de muitos aventureiros os condena.

Há cerca de seis anos, tanto o ignorante do patriarca da família mais desajustada e mentirosa que já ocupou cargos eletivos no Brasil, como os seus mimados  rebentos, zurravam besteiras nas redes sociais contra o preço da gasolina: apontando dedos, criando narrativas mentirosas e atacando quem estava no poder, sem nunca apresentarem qualquer tipo de solução. Para eles, a culpa era da Dilma, do roubo na Petrobras, da lava jato etc.

A cobrança para que o governo interferisse para baixar o preço dos combustíveis era o discurso populista e sem fundamento que já deixava claro que aquela família não possuía nenhum problema em mentir descaradamente. Hoje, a agremiação familiar continua a mentir – só que, as mentiras de hoje contradizem as mentiras de ontem.

Mas o Brasil não é autossuficiente em petróleo?

Essa é uma das perguntas mais ouvidas em todo o país, em função dos obscenos aumentos do preço dos combustíveis. Cabe lembrar ainda que, além do preço pago pelo consumidor ao reabastecer seu veículo, estes aumentos incidem também nos preços dos alimentos e dos produtos consumidos, além, é claro, nas tarifas do transporte coletivo.

É preciso esclarecer que o fato de o Brasil extrair em seu próprio território todo o petróleo que ele necessita, não implica que a política de preços praticada pela Petrobras seja totalmente controlada pelas autoridades nacionais.

Para ser transformado em gasolina e óleo diesel, o petróleo precisa ser refinado, e, para que esse processo aconteça, alguns insumos químicos precisam ser adicionados ao petróleo bruto. São esses insumos – como, por exemplo, alguns tipos de solventes – que ainda são importados e pagos em dólar. 

A dependência de insumos importados demonstra algumas falhas na política de combustíveis, praticada ao longo de décadas no país. Não basta ser autossuficiente na extração do petróleo, se não somos autossuficientes no seu refino. Assim, uma parcela dos custos para produção dos combustíveis, poderia ser reduzida, caso não dependêssemos de importar os referidos insumos.

Um erro, e o mais grave, que impede a nossa soberania na produção de combustíveis, foi e continua sendo a privatização. Inúmeras refinarias foram privatizadas, o que reduz a possibilidade de uma política nacional séria e eficiente capacitar a indústria nacional, para refinar todo o combustível consumido no país. Some-se a isso outro equívoco: o do esquartejamento da área de transporte de combustível da Petrobras. Hoje em dia, o país também é refém da iniciativa privada, o que dificulta a redução dos preços praticados nos postos de abastecimento.

Apesar do tema aumento do preço dos combustíveis ocupar muito espaço na mídia em geral, do risco de nova greve de caminhoneiros e do aumento dos preços de todos os bens de consumo, alimentos e serviços, que atingem, ainda mais, o já vazio bolso da maioria da população, o capitão presidente ainda continua de férias quando se trata de governar, mas é muito ativo em terceirizar culpas e mentir para o povo.

Não é só o ICMS que incide sobre o preço dos combustíveis. Esse imposto estadual tem um percentual fixo, portanto, é lógico que, se aumenta o preço do litro de combustível na refinaria, o imposto estadual incidirá sobre o novo preço. O governo omite o fato que também impostos federais elevam o preço final para os consumidores, tais como PIS e COFINS. Portanto, dizer que somente os governadores são culpados pelos aumentos é faltar com a verdade.

O povo precisa ser corretamente informado de que a Petrobras é uma empresa de economia mista. Ela não é puramente estatal, apesar de o governo brasileiro possuir algo em torno de 40% das ações da empresa. Isto implica que existam acionistas privados, que pressionam a direção da empresa para que o lucro seja o maior possível, o que significa que os dividendos pagos aos donos de ações serão gordos.

Assim, quando a Petrobras apresenta bilhões de lucro, o governo federal ganha de duas maneiras: com a incidência dos impostos federais sobre o preço dos combustíveis e quando recebe os polpudos dividendos pagos por suas ações. A questão é: como esse dinheiro arrecadado é aplicado pelo governo em benefício do povo? Ele é usado para o bem comum?

Antes de ser eleito presidente, o então deputado federal Jair Bolsonaro e sua verborrágica prole pousavam de paladinos da redução do preço dos combustíveis, exigindo ações mais firmes do governo à época. O que será que aconteceu com a memória da família? Afinal, eles não são o governo agora? É preciso muita cara de pau do capitão “pula fora”, para afirmar que ele não pode interferir na Petrobras para baixar o preço dos combustíveis. Mas foi ele quem nomeou um militar de sua confiança para presidir a Petrobras! Em tempo: esse senhor e os demais diretores da empresa receberão cerca de um milhão e quatrocentos mil reais, cada um, a título de bônus pelos resultados obtidos pela Petrobras.

O presidente tem culpa, sim, e é omisso em não determinar o início de um processo de desdolarização da economia nacional – mas isso significa reduzir os lucros do agronegócio, maior apoiador do capitão. Agora, como resultado da  guerra entre Rússia e Ucrânia, esse segmento será afetado pela escassez de fertilizantes importados do leste europeu. Não dá para enganar o povo, enquanto a privatização total da Petrobras é celerada pelo antigo Posto Ipiranga, dizendo que o Brasil está acima de todos. 

Ao longo de décadas, o país cometeu vários erros em sua política de desenvolvimento, curvando-se, sempre, aos interesses das grandes empresas, em especial às norte americanas. A malha ferroviária foi praticamente desmontada, para beneficiar o transporte rodoviário. Mais caro, mais poluente e menos eficiente em transporte de grande escala.

A gasolina nunca foi barata no Brasil. Só que, no passado, o povo tinha um poder de compra maior. Não tinha tanto desemprego e nem tanta gente informal no mercado de trabalho, sofrendo com a retirada de direitos trabalhistas e com a perda de renda. Hoje em dia, o povo tem dificuldade para comer: o que dirá para abastecer seus veículos?

É muita covardia e cara de pau, o capitão presidente afirmar que falta sensibilidade social para a Petrobras, para se eximir das suas responsabilidades de governar o país. Aliás, esse é outro tema do qual ele não entende nada. Como falar de sensibilidade social, se choramos mais de 650 mil mortes causadas pela COVID-19, sendo muitas delas ocasionadas pelo negacionismo e pela luta contra a vacina encabeçada pelo “Minto”?

Continuar burro é opção, seguir mentindo é falta de caráter. Em outubro, vote contra essa família e seus asseclas!

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