Pouquíssimas pessoas desconhecem o personagem Pinóquio, que, a cada mentira que contava, via o seu nariz crescer. Pedimos desculpas ao velhinho Gepeto pela tosca, insana e mórbida versão tupiniquim da sua criação, mas, infelizmente, o Brasil tem um Pinóquio incorrigível.
Pior do que um mentiroso contumaz, é um mentiroso que acredita nas suas próprias mentiras e ainda vive em uma realidade paralela, protegida por imensos muros construídos com ódio, puxa-saquismo, ameaças, favorecimentos e fanatismo. Esta é uma página vergonhosa da história brasileira, escrita por analfabetos em Democracia, em gestão pública e avessos à solidariedade, além de inimigos da Democracia.
Entretanto, é preciso reconhecer a determinação contaminante irradiada pelo capitão Pinóquio, que tomou de assalto a criatividade (?) de seus asseclas e rebentos. Na realidade, é incrível a capacidade de inventar estórias que satisfazem o ego do líder autoritário da seita do retrocesso e da barbárie.
Em meio a uma anunciada escalada do conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia, cabe lembrar que, atitudes extremas e autoritárias, não tornam o mundo melhor. Não há, muito menos, justificativa para que pessoas que nem se conheçam, se matem por causa daqueles que continuam vivos em seus gabinetes.
Toda guerra é estúpida, mas, ainda mais estupida, é a atitude daqueles que, em vez de posicionarem-se pela defesa incansável da paz, fomentam os conflitos com viagens e discursos errados, para depois, covardemente, omitirem-se e esconderem-se atrás de manifestações do Itamaraty, órgão que perde seu precioso tempo buscando melhorar a imagem do Brasil e neutralizar as melecas produzidas pelo nosso capitão Pinóquio.
Somente os acéfalos, desinformados e mesquinhos seguidores da visão tacanha de seu líder maior, continuam achando que o Brasil possui um presidente de fato. Somente eles continuam a propagar mentiras, independentemente da vergonha de serem, diariamente, desmentidos. A pressa em inundar as redes sociais com a sua estratégia alienadora e mentirosa tem cobrado o preço de faltar com a verdade. Não à toa, os índices de reprovação e de rejeição do capitão Pinóquio não param de crescer.
Afirmar que o capitão Pinóquio evitou a terceira guerra mundial para justificar a descartável viagem à Rússia é fruto de uma histeria coletiva (graças a Deus e ao bom senso, bastante limitada). Por que o capitão Pinóquio bravateiro, determinado e agressivo que se manifesta nas redes sociais, nos comícios e no cercadinho, não viajou para Moscou?
Onde se escondeu o líder (?) defensor das liberdades individuais e da soberania nacional, além de crítico das vacinas e das medidas de prevenção da COVID-19? O capitão Pinóquio usou máscara, fez alguns testes, ficou em isolamento social no hotel e submeteu-se às determinações do seu (agora) amigo Putin. Ele até homenageou um soldado comunista morto – tudo para tirar uma foto e mentir que não é um pária mundial. Apanhou de todos os países que têm um mínimo de compromisso com a Democracia e não fez nem arminha.
A sua volta triunfal, forjada e enganosa ao Brasil, depois de evitar a terceira guerra mundial, foi prontamente desmascarada pela mídia internacional e pela invasão russa à Ucrânia. Sobrou somente a covardia da postagem genérica sobre a posição (?) brasileira sobre a agressão em curso.
O consumo de calmantes pela equipe de diplomatas do Itamaraty deve estar crescendo assustadoramente, por causa do malabarismo diplomático realizado para neutralizar as mentiras e outras bobagens decorrentes de mais uma diarreia mental presidencial.
Acode, Itamaraty!