“É preciso pensar fora da caixinha”. Essa frase é muito utilizada para motivar
as pessoas a pensarem de forma diferente e inovadora, em função das
mudanças tecnológicas e também por causa das constantes mudanças nas
relações sociais – que nem sempre são positivas.
Em mais um episódio que retrata o despreparo gerencial, a falta de
honestidade na administração pública e o desrespeito aos direitos e
individualidades das pessoas, o “governo” do capitão cloroquina deu um novo
sentido para a referida frase.
A exoneração do presidente da Caixa Econômica Federal, criminosamente
transformada em uma “caixinha” pelos amigos do capitão presidente – onde
não cabe o combate ao assédio sexual, ao assédio moral e também ao uso
indevido da máquina pública para fins eleitorais – reflete o abismo de
imoralidade em que o Brasil foi jogado.
Essa transformação da Caixa Econômica Federal em caixinha não é culpa dos
seus competentes e profissionais trabalhadores e trabalhadoras. Isso é culpa
de uma ocupação do espaço público por aventureiros oportunistas, devotos e
beneficiários do estelionato eleitoral, capitaneado pelo destrambelhado “mito”.
O ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, agora tem
mais tempo para pensar fora da caixinha de pandora. E, parodiando a música,
afirmamos: “acorda, Pedrinho! Você foi denunciado!”.
Assédio sexual é crime, e, caso as denúncias oferecidas sejam comprovadas,
o Pedrinho (amigão do Bolsonaro) tem que pagar… Afinal, foram várias
mulheres que, com grande número de detalhes nojentos, saíram em defesa de
sua dignidade (inclusive profissional) e escancararam o desvio de caráter do
Pedrinho.
Assédio moral também é crime: quem não se lembra do Pedrinho obrigando
alguns funcionários da Caixa Econômica Federal a fazerem flexões de braço
no palco de um evento da citada instituição?
Esse é mais um triste episódio decorrente do comportamento imoral, criminoso
e preconceituoso da turba que se instalou em Brasília. É nosso dever lembrar
que o Pedrinho é amigo da família do capitão presidente, e que, desde 2019,
existem denúncias contra ele, que não foram apuradas internamente e que
agora tiveram andamento no Ministério Público do Trabalho.
Não podemos esquecer que o Pedrinho anda a tiracolo do presidente nas
motociatas, sem falar nos diversos eventos que, descaradamente, são
realizados para fazer campanha eleitoral. Além disso, normalmente, os
desligamentos de ocupantes de cargos públicos são feitos a pedido, em vez de
demissões por posturas incorretas e ilegais.
Assim como todos os ocupantes de cargos públicos (eleitos ou nomeados), o
Pedrinho diz que pediu demissão para se defender e que as acusações são
mentirosas. Mas, na verdade, o Brasil precisa resgatar a honestidade pública,
voltar a trabalhar em benefício do povo e acabar com o balcão de negócios da
política.
Isso só será possível se valorizarmos nosso voto, analisando cada candidato,
suas propostas, seu currículo, e, principalmente não reelegendo os políticos
profissionais que viram as costas para o povo, após serem eleitos.
Chega de amigos protegendo seus amigos, institucionalizando a impunidade e
a violência, que desmontam todos os espaços de participação da sociedade na
vida política, modificam e acabam com leis, para que despreparados e
desprovidos de caráter possam ocupar cargos públicos.
O Pedrinho é mais um amigo do capitão cloroquina, que necessita de
autoafirmação, e, tal qual o presidente, também tripudia e faz piada com os
pobres, desrespeita as mulheres e pisa na classe trabalhadora.