A mídia e o compromisso com os fatos

Jornalismo independente e jornalismo investigativo são dois dos vários nomes que a mídia se intitula, para manter sua linha editorial bem avaliada pela maior parcela possível da sociedade. Todos os dias, somos bombardeados por programas, jornais e vídeos voltados para o noticiário de crimes e de ações violentas: até que ponto esta postura contribui para que a violência seja riscada de nossas vidas?

Entre a denúncia, as efetivas ações educativas e a defesa da aplicação da lei para todos, existe uma grande diferença.

Outra postura de grande parte da mídia, que deve ser questionada, independentemente das matrizes ideológicas daqueles estão no controle desta mídia, é: qual o motivo de alguns fatos serem noticiados com maior entusiasmo do que outros?

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Seria um claro posicionamento político, ou seria o cumprimento de contratos publicitários?

Por que não ir a fundo às origens e nos interesses da desigualdade social, do crime organizado, da corrupção, na utilidade ou inutilidade de vários partidos políticos, associações de fachada e inclusive de sindicatos patronais que não cumprem seu papel?

As manifestações de repúdio à incompetência do governo federal na condução do combate à pandemia, inclusive boicotando a compra de vacinas por apostar em uma mortífera imunidade de rebanho, no combate à fome e na elaboração de um projeto de desenvolvimento sustentável para o país, não tiveram cobertura ao vivo pela imensa parte da mídia. Qual seria o motivo?

Qual o receio de que as informações responsáveis e verdadeiras facilitem a criação de uma maior consciência política do povo e que este passe a ser mais crítico e assertivo, em termos de participação na política nacional?

Talvez, seja porque a parcela da classe política que é dona dos meios de comunicação e aqueles empresários proprietários de rádios, jornais e emissoras de televisão, não tenham interesse em mudar a realidade social do país.

As críticas aos erros cometidos pelos governantes, nas esferas federal, estadual e municipal, não podem ser motivadas por retaliação financeira – e mesmo que deixem claro o seu comprometimento com ideias progressistas ou conservadoras, jamais elas podem distorcer ou omitir os fatos, pois deixariam de lado os dois maiores princípios do jornalismo: o de informar e o de ser verdadeiro.

Os impactos das fake news, de uma omissão ou distorção jornalística, são todos negativos, pois prejudicam o exercício da cidadania e ainda comprometem a Democracia, a partir do momento em que impedem que as pessoas tomem conhecimento pleno do que ocorre em nosso país.

Noticiar é preciso, mas com isenção e responsabilidade.

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