A extrema-direita e o bumerangue

Autor: STIEESP

6 de agosto de 2024

A sabedoria popular precisa ser mais valorizada, pois, se levada mais a sério, com certeza nossa sociedade seria melhor. Alguns ensinamentos, tais como “não faça aos outros o que você não quer para si mesmo”, “o feitiço acaba virando contra o feiticeiro”, “dar um tiro no próprio pé”, deveriam nortear o pensamento de muitos políticos extremistas.

Nos dias de hoje, mais uma vez, verdades estão surgindo e provando que, infelizmente, a política está contaminada pela violência, pelo preconceito, pelo egoísmo e pela mentira. O tal do efeito bumerangue acaba atingindo políticos (ou aventureiros?) que estão provando do próprio veneno e caindo nas armadilhas que eles montaram para seus adversários e para o próprio povo.

Nos Estados Unidos, o candidato Donald Trump foi alvo de um atentado (que fique claro que não podemos tolerar nenhum tipo de violência), praticado por um jovem filiado ao seu Partido Republicano, e, portanto, no mínimo simpático às políticas, muitas vezes irracionais, defendidas pelo candidato vítima do atentado.

Trump sempre defendeu a ideia que a população deve sempre estar armada, para garantir sua segurança e a supremacia (pena que só dos brancos) americana. Ele também incita a violência, como ficou demonstrado no episódio da invasão do Capitólio (o Congresso norte americano). Também é clara a sua posição xenofóbica, ao acenar com a deportação em massa dos latino-americanos que vivem nos Estados Unidos, isso sem falar em escândalos e ao apoio ao genocídio na faixa de Gaza. Esta postura de incentivar e naturalizar a violência acabou se voltando contra ele próprio.

Ao defender que a população pegue em armas e imponha suas vontades, mesmo que seja através da desobediência civil e do ataque aos políticos, Trump acabou por abrir a caixa de Pandora do uso de armas e da justiça pelas próprias mãos. A sociedade americana convive com inúmeros ataques a escolas e espaços públicos, praticados por indivíduos armados e incapazes de viver em coletividade.

Já aqui no Brasil, investigações, documentos, delações e gravações apontam que a Democracia correu um sério risco nas eleições de 2022, quando a sociedade brasileira foi enganada por um discurso de nacionalismo religioso e conservador, que, na verdade, nada mais era do que um oportunismo político para um grupo de pessoas perigosas que pretendiam, e ainda insistem, em usar o poder para benefício próprio.

Em meio a diversos episódios de acusação de antigos apoiadores (deputados, deputadas, senadores, senadoras e ministros), o atual inelegível sempre buscou usar a coisa pública para proteger sua família e esconder inúmeras irregularidades e crimes por eles praticados.

Foi acusado de aparelhar a Polícia Federal para defender seus filhos e seus interesses; nomeou, perseguiu, mentiu; investigou de forma ilícita (ABIN paralela): tudo para desqualificar qualquer individuo ou instituição que discordasse de suas abomináveis propostas, prejudiciais ao povo e ao país.

Novamente, temos o efeito bumerangue ao serem divulgados os áudios de conversas, reuniões, fotos, e prints de conversas no WhatsApp, que comprometem seus discursos mentirosos de que, o agora inelegível capitão fujão, acabou com a corrupção em seu governo. Só para lembrar: no mesmo dia em que discursou na ONU e disse que acabou com a corrupção no Brasil, ele recebeu milhares de dólares em uma reunião no hotel em que estava hospedado.

Todo o modus operandi montado para bisbilhotar a vida de adversários e políticos aliados, acabou sendo utilizado, de forma burra, pelos seus próprios seguidores, contra ele mesmo. Aliás, produzir provas contra si mesmo é uma característica do bolsonarismo, dada a sua ganância, sua sede pelo poder e sua limitação intelectual.

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